Feira Científica movimenta comunidade escolar em Luzilândia

Além dos experimentos, os alunos uniram inovação temas sociais e ambientais na VI Feira de Ciências

A escola Estadual Luís Teixeira em Luzilândia realizou neste sábado (07), a 6ª edição da Feira de Ciências, com o tema livre e o lema: “Cada avanço da ciência depende de uma nova ousadia da imaginação”. A feira teve como objetivo apresentar à comunidade escolar e local um projeto cientifico de Física e Química, o resultado de mais um projeto desenvolvido durante o ano letivo de 2019 na escola, e assim envolver as disciplinas que contemplam estes componentes curriculares na área de ciências da natureza.

“O objetivo da feira é divulgação a produção de projetos científicos desenvolvidos pelos estudantes ao longo do bimestre letivo e levar a ciência até a sociedade Luzilandense”, comenta o professor Leonardo. O evento teve a frente os professores Leonardo Lopes (Física) e Luís Cassiano (Química) e apoio da diretora Gardênia Boiba e do coordenador Fernando Alves.

Tecnologia, sustentabilidade e inovação serviram de inspiração para os alunos da Unidade Escolar Luís Teixeira. Duzentos e noventa e dois alunos apresentaram seus projetos nesta sexta-feira (07), o evento movimentou a cidade e a comunidade escolar. A exposição foi realizada na Praça João José Filho. A votação para os trabalhos foram feitas por um corpo de jure e teve participação da comunidade. A feira reuniu 20 projetos, dez em cada disciplina e envolveu os alunos de todas as turmas em ambos os turnos.

Inovação e sustentabilidade em pauta

A escola Luís Teixeira mostrou que preza pela troca de conhecimentos entre alunos e professores. Como o projeto de física desenvolvido pelos alunos do 1º Ano “A”, uma casa sustentável baseada nos projetos de urbanismo das atuais empresas americanas, onde o sistema hidráulico é formado pela captação e reutilização da água e o sistema de energia é todo através da luz do solar.

Um outro projeto que chamou atenção foi o braço robótico, o mesmo funciona através da pressão que é relacionada à hidrostática, ou seja, a pressão e a densidade exercida por seringas, fazendo com que ele realize quatro movimentos e com algumas alterações poderá até substituir o braço humano, projeto apresentado pelo 1º Ano B manhã.

O biodigestor é composto por vários materiais orgânicos, ou seja, dejetos de animais como o estrume. O estrume foi colocado num componente por duas semanas com água e deixado no sol, após duas semanas o estrume produz gás metano o gás foi colocado num cilindro, e usado em substituição ao gás de cozinha, só que mais barato, comenta Carlos Eduardo, aluno do 1º Ano C tarde.

Unindo física, química e inclusão social, o Bot 2.0, projeto apresentado pelos alunos do 3º Ano A manhã além de renovável, tem a intenção de ajudar na saúde, com diversas funções como termômetro que mede a temperatura, poupa tempo, não precisa ir ao hospital, serve como alarme, avisando o horário pra tomar o medicamento, é conectado via bluetooth, possui uma bolsa pra carregar remédio, é controlado remotamente, é carregado através de uma placa, ou seja, não gasta energia ele ainda toca música.

Ele ajuda a pessoas que não podem se locomover, como por exemplo, os cadeirantes. Agradecemos a escola e aos professores, esta é uma oportunidade de mostrar trabalhos como este, a feira tem esse papel disseminar o conhecimento. Completa a estudante Yasmim Mayra, turma tri campeã em física no evento.

Preocupados com a sustentabilidade e o custo da conta de energia no Brasil, os alunos do 3º Ano B tarde, desenvolveram um projeto que visa diminuir a conta das lâmpadas. Para o aluno Rafael Felix a feira de ciências é muito importante, “É um trabalho que eu admiro em particular, ela traz muitas inovações e ideia de sustentabilidade para as pessoas de forma pratica e simples, como por exemplo, o nosso projeto ele engloba sustentabilidade e energia, a energia é um problema que aflige muitas pessoas por ser cara, este projeto visa diminuir a conta das lâmpadas, dentro de uma garrafa pet existe um líquido fluorescente, o mesmo líquido do marcador de texto, nele possui um corante que em sua propriedade química já é luminoso, dentro da garrafa tem um led, esse led é isolado por uma cola ou base de esmalte, a fiação é feita de cobre, coligando todos a uma bateria de carbono de 9 voltes com um disjuntor, nós observamos a matriz energética do Brasil, e vimos que 65,2% dela é constituída por recursos hidrelétricos. Com isso, resolvemos desenvolver um método alternativo, uma energia de fonte limpa e renovável que não prejudica o meio ambiente”, explica Rafael Félix.

O fogão movido a permanganato de potássio e etanol substitui o fogão a gás de cozinha comum, o permanganato de potássio é misturado ao álcool e é ligado na bateria de carro, com esse projeto em um mês você economiza 42 reais, em um ano 257 reais. Comenta Rodrigo aluno do 2º Ano A manhã.

O nosso projeto reutiliza as aguas sujas das lavagens de transportes dos lava-jatos localizados as margens do rio, esse projeto funciona a partir de um sistema que após a lavagem ao invés da água suja ir para o rio, ela para um reservatório que jorra para um segundo reservatório, no segundo reservatório à água suja será adicionado um agente químico chamado sulfato de alumínio que fará a floculação, ou seja, flocos na superfície e a sujeira embaixo em seguida vêm à decantação, onde a sujeira também ficará em baixo, depois passa para o filtro que possui somente algodão e espuma por se tratar de uma nova lavagem não precisa de cascalho, carvão, areia ou pedras, apesar da água chegar mais limpa ao final do processo ela serve apenas para uma nova lavagem, a mesma é impropria para o consumo. Enfatiza Kevilly aluna do 1º Ano B a importância do trabalho.

A premiação ficou da seguinte forma:

FÍSICA
1º - LUGAR – 3º ANO “A” – MANHÃ – ROBÔ BOT 2.0
2º - LUGAR – 1º ANO “B” – MANHÃ – GIPSY DANGER
3º - LUGAR – 1º ANO “A” – MANHÃ – CASA SUSTENTÁVEL

QUÍMICA
1º - LUGAR – 1º ANO “C” – TARDE – BIODIGESTOR
2º - LUGAR – 2º ANO “C” – TARDE – FOGUETE
3º - LUGAR – 2º ANO “A” – MANHÃ – FOGÃO ETANOL